Infaero garante que o aeroporto de São Luís será reaberto em setembro

11/05/2011 13:05

O superintendente da Infraero para a Região Norte, Paulo Roberto Pereira, garantiu ontem (10), durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, que o terminal de passageiros do aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado, interditado desde o mês de março, será reaberto em setembro, conforme calendário de obra elaborado pela empresa estatal.

“Estamos trabalhando com esforços concentrados para que no prazo de 150 dias, conforme informamos anteriormente, o terminal seja reaberto ao público”, afirmou Pereira.

A audiência pública, coordenada pela Comissão de Obras e Serviços Públicos da AL, foi promovida a pedido do deputado Neto Evangelista (PSDB) e teve como objetivo esclarecer todas as dúvidas da população maranhense acerca da interdição do terminal. Os prejuízos causados aos milhares de usuários que diariamente passam pelo aeroporto foi outro tema muito discutido.

Paulo Roberto Pereira relatou, mais uma vez, os motivos que levaram a Infraero a interditar o saguão de embarque e desembarque – no dia 16 de março, técnicos da empresa descobriram que parte da estrutura de metal do teto estava cedendo. Disse que a interdição, apesar de ainda estar causando transtornos aos usuários – o embarque e o desembarque estão sendo feitos em áreas improvisadas – não resultou em cancelamento ou atrasos de vôos.

Informou que a interdição ocasionou um atraso na execução de melhorias que a empresa pretende fazer no aeroporto. “Até o final deste ano, além da climatização do saguão, iríamos ampliar os setores de embarque, desembarque, do bloco administrativo e da área de estacionamento. Infelizmente, devido ao problema detectado no teto, que resultou na interdição, só poderemos concluir estes serviços no final do ano que vem ou começo de 2013”, anunciou o superintendente informando que as referidas melhorias irão custar aos cofres públicos federais cerca de R$ 11 milhões e garantirão mais qualidade no atendimento até o ano de 2017.

PARTICIPAÇÃO

Os deputados estaduais e os demais participantes da audiência pública foram unânimes ao questionar o porquê do governo federal, ao invés de recuperar o terminal, não investir na construção de um novo aeroporto para São Luís.

“A explanação do senhor Roberto Pereira foi muito boa. Porém, nos deixou uma certeza: de que o nosso aeroporto continuará se resumindo ao terminal interditado. São Luís já merece um espaço maior e mais bem estruturado. Avalio que a Infraero deveria concentrar esforços para construir um novo aeroporto internacional”, avaliou a deputada Cleide Coutinho (PSB).

Avaliação semelhante fez o secretário estadual de Turismo, Tadeu Palácio. “Este episódio [interdição do terminal] serviu para que começássemos a pensar na construção de um novo aeroporto. O Maranhão é o Estado que mais irá crescer nos próximos anos. Tem tudo para ser sub-sede da Copa do Mundo de 2014. O governo do Estado tem todo o interesse de ser parceiro do governo federal neste projeto”.

ELOGIOS

O secretário estadual de Cidades, Pedro Fernandes, fez questão de elogiar o deputado Neto Evangelista, que solicitou a realização da audiência. De acordo com ele, a Infraero, ao interditar o saguão, não fez nada além da sua obrigação. “Felizmente, este problema foi detectado antes que uma tragédia maior acontecesse. O governo federal precisa rever o seu plano aeroportuário. A exemplo de São Luís, vários outros aeroportos brasileiros estão em decadência”.

O deputado Neto Evangelista classificou a audiência pública como proveitosa. “Tivemos a oportunidade de ouvir as explicações da Infraero e de colocar o nosso ponto de vista. Mais uma vez, a Assembleia cumpriu o seu papel constitucional em favor dos maranhenses”.

Também participaram da audiência pública os deputados Raimundo Louro (PR – presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos), Zé Carlos (PT), Hélio Soares (PP), Vianey Bringel (PMDB), Eduardo Braide (PMN), Dr. Pádua (PP), Antônio Pereira (DEM), André Fufuca (PSDB), Valéria Macedo (PDT), Stênio Resende (PMDB) e Carlinhos Amorim (PDT); o promotor de Justiça Fernando Barreto, que representou a Procuradoria Geral de Justiça, além do representante do CREA/Ma, Antônio Vilson Dias.