F/A-18 Super Hornet

F/A-18 Super Hornet

Poucos caças atuais são tão versáteis como o F/A-18 Hornet. Sua origem remonta ao início dos anos 70. Naquela época a US Navy procurava adquirir uma versão naval do novo caça ligeiro (Light Weight Fighter-LWF) que estava sendo desenvolvido para a US Air Force, como complemento de baixo custo para os F-14 Tomcat e como substituto para o avião de ataque A-7 Corsair. A Marinha queria uma aeronave bimotor, mais seguro para vôos sobre o mar e logo descartou o F-16 monomotor da Força Aérea. Sua escolha recaiu sobre o concorrente derrotado no programa LWF, o Northrop YF-17 Cobra, que após aperfeiçoamentos aplicados pela McDonnell Douglas daria origem ao F/A-18 Hornet. A característica principal desta aeronave é sua versatilidade, da qual deriva sua denominação F/A que significa Fighter/Attack, um caça com capacidade de efetuar missões de interceptação e ataque ao solo em uma mesma surtida, fazendo dele uma aeronave verdadeiramente multifunção. Apesar de ser um interceptador fantástico, sua velocidade fica limitada a Mach 1.8, devido à localização recuada das entradas de ar dos motores, contudo a velocidades inferiores, o Hornet possui extraordinária agilidade, podendo ultrapassar em curva a maioria dos caças do arsenal americano. Podendo carregar uma vasta gama de armamentos, entre mísseis e bombas, ele pode completar sua missão de bombardeio a alvos terrestres e logo em seguida efetuar patrulha de combate contra aviões inimigos. O F/A-18 pode transportar praticamente todas as armas ar-superfície da US Navy: bombas de queda livre, bombas guiadas a laser, mísseis AGM-88 HARM, AGM-65 Maverick, AGM-84 Harpoon, mísseis de cruzeiro ou bombas nucleares. Para a arena ar-ar pode utilizar os mísseis AIM-9 Sidewinder, AIM-7 Sparrow ou AIM-120 AMRAAM, além de contar com um eficiente canhão M61A2 de 20mm para combates a curta distância. O cockpit, um dos melhores desenhos dos anos 80, composto de um amplo HUD (head-up display) e três telas de LCD multifunções, que permitem ao piloto receber todas as informações de vôo e de combate com grande clareza e ter uma perfeita condição situacional durante o vôo, além de contar com todos os comandos principais no manche. O excelente radar AN/APG-73 do Hornet pode ser reconfigurado com o apertar de um único botão, podendo localizar alvos a uma distância de 150 km, seguir até vinte alvos simultaneamente e disparar mísseis contra quatro deles ao mesmo tempo. Este radar também é um ótimo sistema ar-superfície, capaz de funcionar no modo cartográfico, calcular a distância até um objetivo e realizar um ataque automaticamente. Sejam quais forem as condições meteorológicas, a visibilidade em vôo noturno pode ser aumentada com um FLIR AN/ASS-38 ou iluminador laser AN/ASQ-173.

An F/A-18F Super Hornet, assigned to the "Flying Eagles" of Strike Fighter Squadron One Two Two (VFA-122) conducts a high-speed pass in front of the crowd at the "Blue Angels" 2004 Homecoming Air Show in PensacolaO Boeing F/A-18EF Super Hornet é uma aeronave supersônica de interceptação aérea e de ataque ao solo. O F/A-18E e F/A-18F são maiores e mais avançados que seu antecessor o F/A-18 Hornet. O Super Hornet entrou em serviço nos Estados Unidos em 1999, substituíram os F-14 Tomcat em 2006 e deverão servir em conjunto com os originais Hornets F/A-18C (se mantêm operacionais mas com uma substituição gradativa pelos Super Hornets). Em 2007, a Real Força Aérea Australiana comprou 24 Super Hornets para substituição dos antigos F-111.

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Desenvolvimento

Hornet 2000

O Super Hornet é maior e mais avançado que o F/A-18C/D Hornet. Nas primeiras versões, o Super Hornet era chamado pela McDonnell Douglas como Hornet 2000 no final dos dos anos 1980. O conceito do Hornet 2000 seria uma versão mais avançada do que a do F/A-18 com uma fuselagem maior, para carregar mais combustível e motores mais potentes.

O Super Hornet é o resultado da necessidade de substituir o F-14 Tomcat, cujos altos custos já tinham estado na origem da escolha do F/A-18 pela marinha norte-americana. A tentativa de adaptar o super-caça furtivo F-22 não resultou e a marinha teve necessidade de escolher rapidamente uma nova aeronave.

Substituição dos Tomcats

Para substituir o F-14 a marinha dos Estados Unidos optou pela proposta do fabricante do F-18, para uma versão de maiores dimensões e em parte redesenhada, de forma a permitir não só cumprir as missões de superioridade aérea e defesa da frota que eram cumpridas pelo F-14, mas também para servir de aeronave de ataque, substituindo o A-6 Intruder e EA-6 Prowler de guerra eletrônica.

O F/A-18E/F surgiu assim como um avião para resolver todos os problemas de obsolescência de vários modelos, que a marinha dos Estados Unidos teve que resolver num determinado momento.

Considerando as necessidades, o Super Hornet é considerado pelo fabricante um novo avião, que apenas partilha parte da estrutura comum com o F/A-18C/D. No entanto a aeronave parece continuar a ser a mesma, de tal forma que o olhar pouco treinado não consegue identificar as diferenças entre o novo Super Hornet e as versões anteriores.

Com o fim da vida útil do caça F-14 Tomcat, a marinha dos Estados Unidos decidiu adoptar o F-18E como o seu principal caça embarcado. Inicialmente previa-se a substituição do F-14 por uma versão naval do F-22 Raptor, o que foi julgado inviável. Como o projeto que levaria ao F-35 era ainda embrionário no final dos anos 1990, foi decidido escolher a proposta da McDonnell Douglas para uma versão melhorada do Hornet.

Nasceu assim o Super Hornet que fora designado como F/A-18E/F.

Características

A Marinha conservou a designação de F/A-18 para ajudar a vender o programa ao Congresso, passando a ideia de um “derivativo” de baixo risco, embora o Super Hornet seja, na verdade, uma nova aeronave. Ele é cerca de 20% maior, pesa vazio 3 toneladas a mais e, carregado, seu peso supera em 7 toneladas o do Hornet. Carrega 33% a mais de combustível, com alcance 41% superior e persistência em combate 50% maior.

O mais importante de tudo é que apesar das diferenças de performance, o Hornet e o Super Hornet compartilham muitas características de voo, incluindo aviônicos, assentos de ejeção, armamentos, software de missão, procedimentos operacionais e de manutenção, barateando os custos.

Diferenças Para o Novo

Entrada de ar retangular/Entrada de ar oval.

Parecido, mas nem tanto.

A capacidade de sobrevivência é uma característica importante no projeto do Super Hornet. A US Navy resolveu adotar uma abordagem equilibrada no quesito furtividade, não adotando um design totalmente stealth, mas em vez disso, seu design incorpora características stealth, capacidade de guerra eletrônica avançada, reduzida vulnerabilidade balísticas, o emprego de armas stand-off, e o uso de táticas inovadoras. A seção reta radar do F/A-18E/F foi reduzida consideravelmente em alguns aspectos, principalmente a parte frontal e traseira, através do redesenho das entradas de ar do motor e do emprego de materiais que espalham a radiação para os lados.

Radar

O APG-79 é um radar verdadeiramente revolucionário e oferece todo um grupo de vantagens frente ao seu antecessor, incluindo maior fiabilidade, uma resolução maior e um alcance mais alargado. Ao contrário do APG-73, não utiliza técnicas de varrimento mecânico, mas células AESA fixas, o que só por si elimina a causa mais comum de avarias neste tipo de radares. Inclui também um receptor mais avançado, um processador COTS (”commercial-off-the-shef“) e novos sistemas de alimentação de energia. A sua arquitetura aberta, evidenciada pelo COTS implica que estamos perante um sistema menor, mais ligeiro e mais econômico.

O fato de o radar ter um varrimento de feixe ativo eletrônico explica porque é que este tipo de radares podem analisar o espaço em torno dos aviões que os utilizam virtualmente à velocidade da luz, entregando assim ao piloto um conhecimento da situação e das ameaças que o circulam que era antes impossível obter, quer em missões ar-ar, quer em missões ar-terra, sendo possível alternar entre os dois modos de uma forma praticamente imediata, algo impensável nos antigos radares mecânicos.

Estas caraterísticas do APG-79 explicam porque é que é um dos sistemas centrais da proposta Boeing para o F/A-18F Block II Super Hornet. Um avião apresentado formalmente em Abril de 2005 e que em Outubro de 2006 equiparia a primeira esquadrilha, já com o radar AESA. e tambem tem os EA-18G de guerra eletronica

Capacidade "Tanker"

Sistema buddy-buddy em ação.

O Super Hornet, diferente do Hornet anterior,pode ser equipado com um sistema de reabastecimento aéreo (buddy-buddy system), sendo o grande diferencial para realização de algumas missões. Por exemplo, em uma missão na qual seja necessário apoio de logística, um designado super hornet do esquadrão, poderia ser carregado com uma grande quantidade de combustível(comprometendo assim sua performance devido grande quantidade de peso), mas este, serviria apenas como avião de reabastecimento aéreo para seus companheiros. O esquadrão poderia realizar missões de longo alcance e poderia voltar para a base graças a este sistema.

Programa FX-2

O projeto inicial, designado à época de FX-1, arrancara em Julho de 2000, sob iniciativa do então presidente Fernando Henrique Cardoso e pretendia cumprir um investimento de apenas 700 milhões de dólares, o que bastaria para adquirir entre 12 a 24 novos aparelhos para substituir os idosos Mirage IIIBR, entretanto abatidos ao inventário e substituídos por 12 Mirage 2000C. Este projeto FX-1 seria congelado no primeiro governo Lula, para ser novamente reaberto, e atualizado para FX-2 apenas agora, mas para o valor substancialmente mais alto e apenas possível perante a escala da modernização em curso na Venezuela de 2,2 bilhões de dólares. Atualmente o processo se encontra em fase final restando apenas 3 caças para escolha: Dassault Rafale, Saab Gripen e o F/A-18E Super Hornet.

Número de Encomendas

A primeira remessa deverá incluir a entrega de 24 a 36 aparelhos, mas a escala total do programa poderá chegar à centena de aparelhos, naquilo que seria o projeto de modernização mais amplo e ambicioso de toda a América do Sul.

Um Super Hornet realizando uma manobra evasiva.

Transferência de Tecnologia

É o tema mais importante debatido em diversos fóruns relacionados sobre aviação militar. Bob Gower, vice-presidente para a linha de produtos F/A-18 dentro da divisão Global Strike Systems da Boeing, fala que a tranferência de tecnologia para FAB será parte do contrato, com a abertura de todos os códigos-fonte, sendo o suficiente para o Brasil fazer uma manutenção constante das novas aeronaves.

Comprovação em combate

A capacidade real do Super Hornet já foi e vem sendo comprovada em inúmeras situações enfrentadas pelas forças aéreas norte-americanas. De fato, esta comprovação real em combate, é um dos aspectos que fez com que os pilotos e a própria FAB preferíssem este avião frente aos demais que participam do Programa FX-2.

 

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Operadores

  •  Austrália
  •  Estados Unidos
  • Brasil

Nota: O Brasil irá decidr até o final de 2011 os caças F/A-18E/F, Dessault Rafale, e Gripen NG.

Especificações do F/A-18E

4 F/A-18F VFA-41 do esquadrão americano "Black Aces".
 
 
 
 
Boeing F/A-18E Super Hornet
  • Tripulação: 2
  • Comprimento: (m) 18,38
  • Envergadura: (m) 13,62
  • Altura: (m) 4,88
  • Área da Asa: (m²) 46.45
  • Motores/Empuxo: 2x F414-GE-400 (97.9 KN/cada)
  • Velocidade máxima: Mach 1.8+ (1,900 km/h)
  • Peso vazio. decol (kg): 13,900
  • Peso (config. caça). decol (kg): 21,320
  • Peso maximo. decol (kg): 29,900
  • Alcance (km): 2,346 km (sem carga externa)
  • Teto de Serviço: 15,590
  • Armamento: um canhão de 20 mm M61 Vulcan , com 578 projéteis,
    • Misseis Ar-Ar
      • 4× AIM-9 Sidewinder ou 4× AIM-132 ASRAAM ou 4× AIM-120 AMRAAM, mais
      • 2× AIM-7 Sparrow ou(adicionalmente) 2× AIM-120 AMRAAM.
    • Misseis Ar-Terra
      • AGM-65 Maverick
      • AGM-88 HARM
      • AGM-154
    • Misseis Anti-Navio
      • AGM-84 Harpoon
    • Bombas
      • JDAM
      • Mk 80
      • CBU-87 Cluster
      • CBU-89
      • CBU-97
      • Mk 20 Rockeye II

F-18

 

ring of water forms in the air as Super Hornet hits the speed of sound