Força aérea Brasileira

A FAB praticamente começou suas atividades em 1943, quando da criação do 1º Grupo de Aviação de Caça, criado para combater o nazi-fascismo nos céus da Itália durante a Segunda Guerra Mundial.

Atualmente a Aviação de Caça da FAB é constituída por 10 Esquadrões operacionais espalhados em oito bases aéreas e subordinadas à III FAe (3ª Força Aérea).

Basicamente a Aviação de Caça é composta por diversos tipos de caças, cada qual com uma função específica:
- superioridade aérea e interceptação
- defesa e interceptação
- interdição, ataque ao solo e apoio aproximado
- vigilância de fronteiras

A Aviação de Caça da FAB está passando atualmente por uma profunda transição.

SUPERIORIDADE AÉREA E INTERCEPTAÇÃO

O governo chegou a estudar durante os últimos cinco anos a compra de caças novos de superioridade aérea para a FAB, com o chamado Projeto F-X. Devido a pressões políticas e o alto custo do projeto (estimado em US$ 1 bilhão), a concorrência acabou sendo sucessivamente postergada pelos governos FHC e Lula, até que foi finalmente cancelada no ano passado.

Com isso, após a desativação dos Mirage III, em dezembro/2005, a FAB partiu para uma solução temporária, "Gap Filler", com a aquisição de 12 caças usados Mirage 2000C/B, adquiridos da Le Armée de l´Air (Força Aérea Francesa) e que serão entregues em 3 anos (!). Esta foi uma decisão muito controvertida pois, os Mirage 2000, são apenas 10 anos mais novos que os Mirage III que foram desativados e são totalmente incompatíveis, com o novo sistema de defesa aérea, que está sendo implantado na FAB. No novo sistema, os caças trocariam informações via datalink com os aviões R-99 de alerta antecipado, utilizando-se da detecção de longo alcance do radar embarcado. Além disso, os Mirage 2000 vem com armamentos considerados superados e sem condições de receber os novos armamentos que estarão sendo brevemente disponibilizados para os demais caças da FAB.

 

DEFESA E INTERCEPTAÇÃO

 

O trabalho de defesa aérea e interceptação na FAB está a cargo dos esquadrões que utilizam os quase 60 caças Northtrop F-5 Tiger II, que estão sendo totalmente modernizados pelo consórcio Embraer/Elbit. O programa está em pleno andamento e visa atualizar e padronizar toda a frota, transformando essas aeronaves em poderosos caças com tecnologia de 4a geração, que irão equipará-lo e, em muitos sentidos, superar os mais avançados aviões de combate, atualmente em operação nos principais países do mundo.

 

Estão sendo instalados um completo pacote de aviônicos, sistema de navegação, novos assentos ejetáveis, gerador de oxigênio a bordo, sistemas de autodefesa e radar multimodo. Com isso, os F5 da FAB terão uma sobrevida entre 15-20 anos, prazo necessário à escolha das novas aeronaves de 5a geração que deverão ser futuramente adquiridas pela FAB.

 


INTERDIÇÃO, ATAQUE AO SOLO E APOIO APROXIMADO

 

Estas funções na FAB ficam a cargo dos esquadrões equipados com os A-1A/B AMX. Os A-1 tem como missão principal o reconhecimento e o ataque a alvos de superfície, contando para tal com excelente raio de ação e autonomia, além da capacidade de reabastecimento em vôo, o que lhe permite alcançar pontos distantes, com alto valor estratégico. Está equipado com uma aviônica relativamente moderna, que lhe garante a utilização de uma vasta gama de armamentos, cuja precisão é garantida por meio dos seus sistemas e computadores de bordo.

 

Dentro do programa de reaparelhamento da FAB, foi assinado um contrato com a Embraer para a modernização de toda a frota dos 53 A-1, a partir de 2007. O programa prevê a padronização dos sistemas de navegação e comunicação, similares ao do programa do F-5BR e A-29 ALX, além da substituição do radar pelo SCP-01, da empresa Mectron de São José dos Campos, capaz de detectar alvos múltiplos em terra, no ar e mar.

 

 

VIGILÂNCIA DE FRONTEIRAS

 

A vigilância de nossas fronteiras está a cargo dos três esquadrões do 3º GAv Grupo de Aviação, baseados na Amazônia e no Mato Grosso do Sul, como parte do SIVAM Sistema de Vigilância da Amazônia. Estes esquadrões operam atualmente os Embraer A-27 Tucano, mas já estão recebendo cerca de 99 novos Embraer A-29A/B Super Tucanos.

 

Os esquadrões do 3º GAv realizam missões de interceptação e ataque, reconhecimento armado, reconhecimento visual, ligação, observação, C-SAR, controle aéreo aproximado, operações aéreas especiais com outros órgãos do Governo Brasileiro, como a Polícia Federal, atuando no combate a vôos ilícitos, principalmente de aeronaves de traficantes e contrabandistas, sendo responsáveis em caso de necessidade da aplicação da "Lei do Tiro de Destruição".

 

 

A PRESENÇA DA CAÇA NO BRASIL

 

A caça brasileira está presente em todas as regiões do Brasil, até nas partes mais remotas da Amazônia, com a missão de proteger o espaço aéreo e manter a soberania na nação. A região norte possui três esquadrões, sendo eles o 1°/3°GAv “Escorpião” baseado em Boa Vista e o 2°/3°GAv “Grifo” baseado em Porto Velho e o mais recente, o 3°/3° GAv “Flecha” de Campo Grande, MS. Esses três esquadrões são o braço armado do SIVAM Serviço de Vigilância da Amazônia, operando os AT-27 Tucano, que estão sendo substituídos pelos modernos A-29A/B Super Tucano.

O nordeste também possui dois esquadrões, ambos em Natal, RN, o 1°/4° GAv “Pacau”, operarando os AT-26 Xavante e, mais recentemente, os Impala AT-26A. O outro esquadrão é o 2°/5° GAv  “Joker”, o primeiro a receber os novos A-29 A/B Super Tucano.

No centro-oeste, mais precisamente em Anápolis está baseado o principal esquadrão de defesa aérea do Brasil, o 1° GDA Grupo de Defesa Aérea, “Esquadrão Jaguar” começando a receber os Mirage 2000C/B e, em Campo Grande, está baseado o 3°/3° GAv “Flecha” equipado com os AT-27 Tucano, mas em vias de receber os novos A-29 A/B Super Tucano.

No Rio de Janeiro, mais precisamente na Base Aérea de Santa Cruz, estão baseados dois esquadrões de caça, o 1°/16°GAv “Adelphi”, equipado com os A-1A /B AMX e o lendário
1° GAvCa - Primeiro Grupo de Aviação de Caça, com dois esquadrões equipados com os F-5E Tiger II, mas em processo de recebimento dos modernizados F-5EM Tiger BR.

No Rio Grande do Sul estão baseados três esquadrões, sendo o 1°/10° GAv “Poker” e 3°/10° GAv “Centauro”, ambos equipados com os A-1A/B AMX, baseados em Santa Maria. Já em Canoas está o 1°/14° GAv “Pampa” equipado com os novos F-5EM/FM Tiger BR.

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Unidades da FAB - Aviação de Caça:

1º GDA - Esquadrão Jaguar - BAAN Anápolis, GO
Mirage F-2000C/B

1º/1º GAvCa - Esquadrão Jambock - BASC Santa Cruz, RJ
Northrop F-5E Tiger II aguardando F-5EM BR

2º/1º GAvCa - Esquadrão Pif-Paf - BASC Santa Cruz, RJ
Northrop F-5E Tiger II aguardando F-5EM BR

1º/4º GAv - Esquadrão Pacau - BANT Natal, RN
Embraer Xavante AT-26 e Atlas Impala AT-26A

3º/10º GAv - Esquadrão Centauro - BASM Santa Maria, RS
Embraer A-1A/B AMX

1º/14º GAv - Esquadrão Pampa - BACO Canoas, RS
Northrop F-5E Tiger II aguardando F-5EM/FM BR

1º/16º GAv - Esquadrão Adelphi - BASC Santa Cruz, RJ
Embraer A-1A/B AMX

1º/3º GAv - Esquadrão Escorpião - BABV Boa Vista, RR
Embraer A-29A/B Super-Tucano e AT-27 Tucano

2º/3º GAv - Esquadrão Grifo - BAPV Porto Velho, RO
Embraer A-29A/B Super-Tucano e AT-27 Tucano

3º/3º GAv - Esquadrão Flecha - BACG Campo Grande, MS
Embraer A-29A/B Super-Tucano e AT-27 Tucano